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#29 | formas menos óbvias de lembrar do próprio valor
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#29 | formas menos óbvias de lembrar do próprio valor

e uma óbvia, mas explicada.

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Ananda Sueyoshi
mai 29, 2025
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#29 | formas menos óbvias de lembrar do próprio valor
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ultimamente, eu tenho feito um detox de conteúdo feminista. não porque eu vá deixar de ser (e acreditar na igualdade social, econômica e política entre todos nós, e na necessidade de que haja justiça antes de igualdade), mas porque, em um dado momento, precisamos largar a proteção que os livros e teorias trazem e ir pro campo da realidade. e a minha realidade é que sou uma mulher hétero, uma lover girl, que jamais vai parar de desejar uma relação, mesmo quando não precisa, não compensa e não está na moda.

e um ponto importante dessa minha decisão é que eu estava me colocando cada vez mais em um pedestal em relação aos homens. entenda: eu tenho uma ótima autoestima em muitos lugares. eu não sou o tipo de pessoa que tem a necessidade de se ver acima deles, porque eu fui criada para achar que já estou acima. e, quanto mais amadureço e mais me desenvolvo, mais fácil fica me ver nesse lugar.

mas esse lugar, querida leitora, é um lugar solitário. é o topo de uma montanha onde ninguém me fere, mas ninguém aprecia a vista comigo também. e eu sou profundamente convencida de que é maravilhoso desfrutar a vida, mas é essencialmente valioso poder ser testemunhada — embora essa parte seja difícil pra mim.

foi em 2019 que eu descobri meu vício em trabalho e minha codependência emocional atípica. entendi esse padrão de me isolar como forma de não sentir demais, me envolver demais e me vulnerabilizar. mas o que importa são os aprendizados, não os diagnósticos, e minha cura passou por olhar para os lugares onde parecia que eu me valorizava, mas não via meu valor de verdade.

  • se eu realmente acreditava na potência do meu trabalho, eu trabalharia tanto assim?

  • eu evitaria tanto ser vista se não acreditasse que, no fundo, tem algo de errado comigo?

  • se eu confiasse na minha capacidade de cuidar de mim mesma de verdade, eu precisaria fugir tanto da minha vulnerabilidade?

novamente, em muitos lugares, meu amor por mim é tremendo. eu tenho um ego que podemos comparar ao do Kanye West (devidamente terapeutizada, latina e medicada). mas meu amor por mim também era tremendamente condicional: ele não existia caso eu não estivesse mantendo a exata imagem monolítica que eu tinha de mim e do que seria ser eu — uma eu que não precisava de nada, de ninguém e que estava acima das necessidades humanas de pertencimento.

bom, abrir essa porta foi brutal. e também libertador. como é frequente na vida, olhar para a parte escura e triste também foi bonito. teve beleza em poder construir uma estima real por quem eu fui, sou e talvez venha a ser.

e hoje quero dividir com você algumas coisas que foram me tornando mais encarnada na minha própria vida, realmente apaixonada por ser quem eu posso ser.

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